quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Artigo da presidente do CPERS esclarece a sociedade sobre o descaso do governo Sartori com os educadores

Artigo da presidente do CPERS, Helenir Aguiar Schürer, publicado hoje no jornal Zero Hora, esclarece a sociedade gaúcha sobre a descaso do governo Sartori com os educadores. Confira abaixo:
Alerta à sociedade gaúcha! 
Silenciosamente, o governo do Estado tenta acabar com o Plano de Carreira dos educadores gaúchos. Por isso, este ano a pauta de reivindicações do CPERS será a campanha salarial: o pagamento do Piso no Plano de Carreira.
É importante, neste momento, restabelecermos a verdade para que a sociedade entenda a situação de penúria dos educadores.
A primeira informação é a de lembrarmos que, historicamente, o Rio Grande do Sul sempre esteve entre os estados que melhor remuneravam os professores no Brasil. Hoje, é o que pior paga os educadores, envergonhando a história do nosso Estado e o povo gaúcho.
Se no final do governo passado nosso déficit para atingir o pagamento do Piso no Plano de Carreira era de 34,66%, atualmente a dívida do Estado para conosco já chega a 69,47%.
É importante que a comunidade gaúcha saiba que hoje um professor em início de carreira, classe A, recebe R$ 1.260,18 para 40 horas semanais e tem um completivo de R$ 875,46 para atingir a remuneração do Piso Salarial dos Professores.
O nosso Plano de Carreira está sendo, sorrateiramente, desmontado por este governo. Atualmente, um educador que inicia a carreira recebe o valor acima citado com um completivo totalizando R$ 2.135,72. Um professor com a mesma classe e que tenha Especialização, Mestrado ou Doutorado recebe R$ 2.520,36. Este professor está perdendo, mensalmente, R$ 1.750,90. Para cumprir o Piso no Plano de Carreira, deveria receber R$ 4.271,26.
Para refletir:
Dos 308.938 vínculos do Estado, incluindo todos os poderes, 63,2% encontram-se na Secretaria de Educação – Seduc. Isso representa 195.368 matrículas. Por exemplo, quando olhamos para a folha de pagamento, os 63,2% das matrículas da Seduc representam 36,4% do total. Se olharmos para o Judiciário, que totaliza 13.380 matrículas, representando 4,3% do total das matrículas do Estado, na folha representam 11%. Porque somente os menores salários são chamados para pagar a conta? É justa esta diferença? Ou é justa nossa luta pelo reajuste?
O governo Sartori aumentou o ICMS, alegando a necessidade deste ato para sanar as contas do Estado. Será mesmo? Vejamos: o fantasma do parcelamento dos salários continua o mesmo. Na volta das férias (lembrando que a esposa do governador é a única trabalhadora do Brasil que pode ser exonerada para acompanhar o marido nas férias e depois ser readmitida), o governador retorna ao terrorismo, que já o caracteriza, ameaçando demitir os concursados. Nenhuma linha sobre qual a política para acabar com a sonegação fiscal, nenhuma linha contra o PL 131, de autoria do senador José Serra, que retira os recursos dos royalties do petróleo para a educação e a saúde. Além disso, só agora, ensaia, timidamente, depois de longos 12 meses de governo, o início de uma discussão sobre a renegociação da dívida do RS com a União (lembrando que Sartori, juntamente com o ex-governador Antônio Britto, foram protagonistas dessa negociação).
Diante desse quadro, os educadores do Rio Grande do Sul alertam a população: estamos em rota de colisão com o este governo!
Helenir Aguiar Schürer – presidente do CPERS/SINDICATO

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