quinta-feira, 28 de julho de 2016

Aposentados (as) do Cpers/sindicato

Como mais uma das propostas da Direção Central do Cpers/sindicato que se concretiza, o livro

Maturidade em Belos Versos está pronto.

No ano de 2015 foram realizados Encontros Regionais de Aposentados nos 42 Núcleos do

Cpers e nestes encontros foram trabalhados ou buscado despertar o lado poético dos (as)

colegas que culminou neste encantador livro de poesias de Educadores Aposentados (as).

No livro temos o prazer de ter duas poesias publicadas de autoria de colegas do 31º Núcleo,

que são as professoras: Maria Elizabete Batista Machado, nossa querida “Betinha”, com o

título “Um Sindicato Aguerrido”; a outa poesia é da professora Marli Irgang Gonzaga com o

titulo “Mobilização na Sindicalização”.

Queremos parabenizar as colegas que participaram, a obra está muito linda.

São os(as) nossos(as) colegas aposentados(as) sempre na ativa.





quarta-feira, 13 de julho de 2016

Profissionais de educação e escola pública: assumir ou se eximir?

Profissionais de educação e escola pública: 
assumir ou se eximir?

Como educador, venho, assim como aqueles que realmente têm ética pessoal e profissional, reiterar a luta que se trava contra o desmanche do setor público no estado do Rio Grande do Sul. Desmanche este, provocado por uma gestão diminuta e descomprometida com aquilo que é essencial: com a educação, com a saúde, com a segurança, com o que é público e de direito do povo. De todo o povo.Contra um conjunto significativo de partidos políticos, encabeçado neste estado pelo PMDB, e que tem também maioria no parlamento gaúcho. Que pregam o estado mínimo. Que querem transferir à iniciativa privada a gestão estatal que é de sua responsabilidade. Querem privilegiar as elites e fazer sucumbirem ainda mais os excluídos e marginalizados.Em específico, na educação, muito temos ouvido nas escolas falar-se em apoio à luta, apoio às reivindicações, apoio à greve. Apoio, podemos receber dos pais, dos alunos, da comunidade escolar, das outras categorias. Mas de colegas professores apoio é vergonha. Talvez, vergonha de ser educador. Colegas que, ao optarem em ser professor de escola pública, têm obrigação de lutar e defender a educação pública e condições dignas de gtrabalho.A luta, a greve, não precisa de apoio. Precisa de engajamento. Precisa que cada profissional que trabalhe com a educação pública se olhe no espelho e diga pra si mesmo: que professor/educador sou? Qual o meu valor? Quando eu valho? Que direito eu tenho e mereço? Que espaço de trabalho que quero, se sucateado e tratado com migalhas? É isso que se precisa!Na matemática da educação, apoio dentro da escola não soma ou multiplica. Talvez, só subtraia e divida. Apoio só serve de desculpas para covardes!Educação não é para fracos ou amadores. Educação é um ato de coragem. De bater no peito e se orgulhar do que faz e, quando a escola for minimizada, seja lá por quem for, deve pelejar por ela. Brigar pela escola pública de qualidade é pelear por si, pelo respeito, pelo profissionalismo, pela ética.Estar na educação é ser profissional, é dialogar com colegas, alunos e comunidade sobre o sentido da escola pública, saber e assumir do seu papel transformador. E fazê-lo de fato. Não entrar em sala de aula e vencer conteúdos sem nexos ou sentidos. Encher alunos de exercícios ou atividades que os ocupem todo o tempo e não nos incomodem com perguntas. Mas é fazer o contrário. É lhes interrogar mais do que eles a nós. E propiciar cabeças pensantes que questionem o tempo todo e que criem, a partir do ambiente escolar, a busca incessante pelo sentido da vida, de compreender e tentar resolver os problemas existentes, sempre pelo princípio da coletividade, com senso de justiça. E não delinear pela manutenção do status quo!É disso que se precisa! E muito. E urgente!Neste momento de luta nas escolas da rede estadual gaúcha se houve quase que unissonamente: paro se todos pararem, se a escola parar. Ou então: não posso parar pois tenho contas a pagar, porque marido/esposa está desempregado(a), por ser minha única fonte de renda, por ter de pagar financiamentos... Tudo isso é justificativa. Assim como quase todos, eu como professor, também tenho todas essas justificativas. Como disse, são justificativas. Mas são argumentos que se usa por não se ter coragem, por não ser profissional, por se acovardar.Parabéns para TODOS QUE LUTARAM E AINDA LUTAM. Méritos pelas pequenas, mais importantes, vitórias conseguidas. Faz-se necessário reiterar que esta de 2016, em especial, não é uma luta por ganhos e sim por não perder a miséria que temos. Não perder direitos históricos galgados, passo a passo, por labutadores que nos antecederam e que enfrentaram muitas e maiores adversidades, peleando sob a bandeira do CPERS. E fica a dica para os amadores que não se envolveram nesta luta justa e necessária, de que repensem seu papel de educador ou que arranjem desculpas mais consistentes da próxima vez.Segue nosso lema para alguns que precisam lembrar ou conhecer. "Avante educadores de fé, unidos pela educação. Vamos todos juntos de pé, neste momento, nesta Nação. Reivindicar verbas mais justas, para o ensino e a categoria. Exigir nossos direitos, ensinar democracia..."


Valdecir Schenkel- professor! (Escola Estadual de Ensino Médio José de Anchieta – Panambi/RS)