Ironia histórica: no passado, Sartori discursava
contra desemprego e falta de democracia
2 de janeiro de 2017 Patrícia Araujo destaque, noticias
As famílias de mais de mil servidores
públicos gaúchos, que trabalham nas fundações cuja extinção proposta pelo
governo José Ivo Sartori (PMDB) foi aprovada na Assembleia Legislativa,
passaram o final de ano com um presente amargo: o desemprego. Segundo anúncio
do governo estadual, mais de mil servidores devem ser demitidos com a extinção
das fundações e o seu serviço substituído por consultorias e terceirizações.
Durante meses, os servidores tentaram convencer o governador Sartori a manter
as instituições e o trabalho que elas executam, sem sucesso.
No passado, porém, Sartori já se mostrou mais sensível ao tema do desemprego. Servidores das fundações em vias de extinção descobriram uma notícia publicada em maio de 1983, no Jornal do Comércio da Serra, de Caxias do Sul, onde o então deputado estadual José Ivo Sartori manifestava preocupação com o crescimento do desemprego na cidade e na região. A matéria relata que Sartori falou sobre o problema na tribuna da Assembleia Legislativa, alarmado com o fato de Caxias do Sul ser, na época, a segunda cidade do país em termos de desemprego. “É um pesadelo que aflige hoje 15.621 trabalhadores e suas famílias”, afirmou então o atual governador.
Sartori manifestou preocupação também com o fato de famílias estarem retornando ao campo pela falta de empregos na cidade. “Este fato demonstra a gravidade da situação e o desespero daqueles que, desiludidos e não vendo uma saída concreta e viável, abandonaram a cidade na tentativa de fugir do desemprego, da insegurança, da favelização e da miséria”. O então parlamentar do MDB criticou também a política econômica recessiva do governo do general João Figueiredo e a falta de democracia do mesmo. “Não haverá uma solução para a crise enquanto meia dúzia de pessoas continuem decidindo tudo”.
Esta última afirmação carrega outra ironia histórica uma vez que, eleito governador, Sartori recorreu ao cerco da Assembleia Legislativa com o Batalhão de Choque da Brigada Militar, para aprovar projetos que, entre outras coisas, determinaram a demissão de mais de mil servidores públicos.
No passado, porém, Sartori já se mostrou mais sensível ao tema do desemprego. Servidores das fundações em vias de extinção descobriram uma notícia publicada em maio de 1983, no Jornal do Comércio da Serra, de Caxias do Sul, onde o então deputado estadual José Ivo Sartori manifestava preocupação com o crescimento do desemprego na cidade e na região. A matéria relata que Sartori falou sobre o problema na tribuna da Assembleia Legislativa, alarmado com o fato de Caxias do Sul ser, na época, a segunda cidade do país em termos de desemprego. “É um pesadelo que aflige hoje 15.621 trabalhadores e suas famílias”, afirmou então o atual governador.
Sartori manifestou preocupação também com o fato de famílias estarem retornando ao campo pela falta de empregos na cidade. “Este fato demonstra a gravidade da situação e o desespero daqueles que, desiludidos e não vendo uma saída concreta e viável, abandonaram a cidade na tentativa de fugir do desemprego, da insegurança, da favelização e da miséria”. O então parlamentar do MDB criticou também a política econômica recessiva do governo do general João Figueiredo e a falta de democracia do mesmo. “Não haverá uma solução para a crise enquanto meia dúzia de pessoas continuem decidindo tudo”.
Esta última afirmação carrega outra ironia histórica uma vez que, eleito governador, Sartori recorreu ao cerco da Assembleia Legislativa com o Batalhão de Choque da Brigada Militar, para aprovar projetos que, entre outras coisas, determinaram a demissão de mais de mil servidores públicos.
Fonte:
Sul21/ Marco Weissheimer
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